28 julho 2009

PS: Ao molho de nada.

Pre Scriptum: Essas são as impressões da experiência de uma semana sem falar. O Caderno Amarelo foi onde escrevi, quando precisei me comunicar com alguém.

Hoje, vi o comentário de um amigo numa comunidade do Orkut. Dizia: "Odeio que me chamem de Bernardo" (normalmente, é chamado de Ber).
Eu, quando li, vi o sotaque com que ele falaria aquele "Bernardo", forçando os dois erres pra mostrar como é um nome antipático, que não combina com ele. É o mesmo que meus amigos sentem, quando me ouvem mesmo sem eu estar falando. Então, se quando a gente conhece bem alguém, o ouvimos mesmo sem ele estar falando, é possível termos memórias específicas pra algumas pessoas. Um tipo de memória preconceituosa. Uma memória que olha o sujeito, e manda ligar as chavezinhas específicas designadas a ele. Exemplo: se o amigo mangolão tá dançando ridiculamente, ele é mangolão; Mas, se é o cara radical dançando de um jeito bizarro, é engraçado, é corajoso. Se o nome do cara é Airton, é feio; Mas, se ele dirige a 300km/h, fica bonito: Ayrton Senna. A virtude é como um molho, torna qualquer coisa engulível, aceitável. O problema é que tem gente que não faz o molho, compra pronto. Daí, na hora do vamovêr, aquele molho aquoso de supermercado acaba e deixa ver que, embaixo, tinha só um vegetal.

5 comentários:

  1. Vou responder todos comentários de agora em diante, e de agora em de trás também. Desculpem-me.

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  2. odeio salada com molho. quem eles estão tentando enganar?

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  3. Huaeh é, algumas pessoas, no máximo, curtem aproveitar o molho e, quando chega a salada, tocam fora.

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